terça-feira, 14 de agosto de 2012


É melhor ser amado ou temido?
Ouvimos falar que uma pessoa é maquiavélica dando a entender que se trata de alguém muito maldoso. E nesse sentido todos vem a concordar, mas, buscando a origem dessa palavra que é do livro O Príncipe de Maquiavel somos impactados por grande quantidade de conselhos que nos parecem imorais ou no mínimo antiéticos.
Todos os assuntos e conselhos tratados nesse livro são maneiras de conquistar e perpetuar o reinado e domínio. A pergunta seria?  Quantas vezes não já usamos ou usaríamos desses mesmos meios para alcançarmos nossos objetivos sejam eles profissionais, eclesiásticos, sociais ou acadêmicos?
Entre tantos assuntos abordados nesse livro tomo nota do capitulo 17
Noto como pessoas começam tão cheias de vontade, com projetos humanos e sonhos para a comunidade, desejos de ajudar ao próximo, batalhar pelos mais humildes,  justiça ao injustiçado mas quando se encontra com o tal do poder para enfim fazer isso, tudo muda tudo. As pessoas ouvem seu discurso e ate diz: tomara que ele (a) chegue lá, pois sei que vai nos representar. Não quero generalizar mais alguns não são mais essas pessoas. A sedução do poder é um assunto muito antigo pelo que não vou entrar nele propriamente. Maquiavel usa exemplos históricos para mostrar o caminho que muitos reis passaram para assim poder manter ou conquistar um domínio mais amplo de seu reinadoe obtiveram sucesso. Sei que se formos a fundo nesse assunto também poderíamos ver através da historia todos meios utilizados para o domínio da politica no Brasil e das instituições sejam elas quais forem. Quando digo instituição incluo as igrejas, pois não precisaríamos ir longe para identificarmos aquelas pessoas que tinham esses perfis, que apoiavam, aconselhavam e caminhavam lado a lado, que foram moldadas a um sistema  que visa ampliar seus domínios através de dados numéricos lhe tornou uma estatística desses mesmos dados.
Não os culpo por isso, pois viviam num mundo perfeito onde tudo daria certo e seria fácil ajudar essas pessoas que tanto precisavam mas, ao se deparar com a realidade do poder e o preço que ele exige simplesmente foram engolidos por um padrão e enfim perderam todo seu entusiasmo. Não me refiro só à ajuda financeira, pois sei que uma das maiores necessidades humanas é ser tratado como gente, tendo seus direitos respeitados. Sim reconheço por experiência própria que algumas instituições não têm pessoas em suas reuniões, ou pelo menos não querem ter, pois indivíduos têm perguntas, mas não devem perguntar, tem duvidas, mas não deve questionar, pelo contrario deve confiar, pois eles têm a certezas. Uma vez que lhe é atribuído à oportunidade de dominar sobre as pessoas, de liderá-las como agir? Uma pergunta que a grande maioria dos que se encontram nessa situaçao deve se fazer. Maquiavel da à receita nesse capitulo com o tema:
A crueldade e a clemência. Se é preferível ser amado ou temido.
Seria bom que o Príncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o Príncipe decrete a execução alguém, que este dê um bom motivo.
Isso tem sido muito bem usado pelas igrejas Cristas com uma justificativa de disciplina como já presenciei e experimentei. Me foi necessário o castigo (como me foi dito) para que houvesse temor a mim e exemplo aos demais.

Em suas palavras:
"Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha." (PAG,97 pdf)
Engraçado é que a figura de um líder  amável não trará benefícios à instituição, pois se tornará frágil sua liderança. Sim, por mais que queiramos nos enojar dos conselhos dado ao Príncipe por Maquiavel em sua narrativa, vivemos esses valores mais do que pensamos e em muitos momentos agindo da mesma forma.
Talvez ser amado não trará popularidade, não trará sucesso no sentido que se entende hoje, mas ainda é o que torna qualquer projeto cheio de vida por ver nele humanidade.
Quisera que fosse só em ambientes seculares onde o capitalismo esta no controle que soubéssemos de tais conceitos de administração, mas descobrimos que ele já foi muito mais longe do que pensamos ou podíamos pensar.
As pessoas que deveriam ser vistas como amadas hoje são as mais temidas, Por quê? Porque a manutenção do Amor custa caro, é melhor mantê-las no temor.
Só não serve para uma instituição que diz que seu maior exemplo morreu pregando que é melhor ser amado.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Sermos perfeitos para qual objetivo?

Pensando sobre as fraquezas humanas que admitimos ter e a forma com que empenhamos esforços, (ou não) para sermos de alguma forma melhores, analiso o que faríamos se nossas falhas sumissem. Vejamos: fui dormir triste, chateado comigo mesmo por mais um dia que falei um palavrão, cobicei a mulher do próximo ou de quem quer que fosse, (não nos preocupamos com isso), menti, quis puxar o tapete da minha gerente pra ver se consigo o lugar dela e seu salario, desejei a morte de algumas pessoas com o pensamento de que as coisas poderiam melhorar pra mim, etc e tal. Você provavelmente não deve nunca ter pensado isso, por isso esta chocado. É claro que estou analisando pelo lado de que nos julgamos ser pecadores, e como às vezes só olhamos para o mal que fizemos. Enfim acordei. Sinto-me diferente, mais leve? Não, afinal de contas não passei a noite malhando, kkkk. Mudou alguma coisa em mim? Sim. Dou bom dia a minha linda esposa e vou tomar o café, o pão cai de manteiga para baixo e eu não xinguei? Sai à rua indo trabalhar passo por uma bela garota que como disse não sei de quem é mulher, se é mulher de alguém, eu se é mesmo mulher, (hoje em dia vai saber) passo reto, nem senti desejo de dar uma olhada pra ela, nem ao menos de admirar sua beleza sem o sentido pejorativo da palavra. Ao chegar ao trabalho vejo minha encarregada só enrolando, (é só um exemplo, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência) e não me importo de ter que fazer o que ela deveria estar fazendo. Entende como parece perfeito tudo isso? Alguém diria: “mais é assim que tem que ser”, concordo mais como administrar essa perfeição toda é que é o problema. Alguns de nós quando estamos com tudo em dia, pecados perdoados e tal, qual é sua principal oração? Obrigado Senhor porque não sou como ele, engraçado que ate ontem à noite era. Entende onde quero chegar? Um exemplo: um grupo de pessoas está reunido em um lugar e um dos presentes quebra algo de muito valor, a pergunta será: quem quebrou isso? Alguém prontamente dirá: eu não fui!!! Quando o acusado tiver que prestar conta do fato esse alguém vai pensar: “ainda bem que não foi eu, ele ta lascado” sem ao menos se importar com a maneira que o acusado vai ter que dar para cobrir o prejuízo. Nota como a ausência de culpa também gera atitudes más? O paradoxo: a perfeição gerando atitudes más. Assim sendo a pergunta que não quer calar é: ser perfeito e não ter defeito? É não dar cabeçadas e ter do que se arrepender depois? Não acredito mais nisso. O pecado não afasta Deus de nós, somos nós que nos afastamos dele. Então antes deixarmos de fazer coisas errada temos que aprender a administrar a perfeição ou aceitarmos que já somos perfeitos assumindo a culpa de nossas ações em vez de nos escondermos atrás do diabo e seus demônios, (se é que eles existem kkk) o que eu acho pior do que o erro.
Concluindo não se preocupe em ser perfeito porque por mais incrível que pareça a ausência de culpa tem transformados simples cordeirinhos em enormes dragões que acusam e são indiferentes quanto à condição de outras pessoas. Você já é exatamente o que Deus espera de você, como dizia minha avó: só carece de alguns reparos. Saiba que a culpa que você sente te nivela a todos os outros seres humanos iguais a você. Não estou dando razão ao pecado longe disso, só estou dizendo: a perfeição pode tirar o coração de dentro do seu peito e te tornar um acusador. Um acusador desenha nas outras pessoas exatamente tudo que ele é para ter razão em seu argumento.  Talvez seja melhor ter alguns defeitos. Pense nisso..   Você quer ser perfeito para que objetivo?  DEUS NOS AJUDE...

terça-feira, 27 de setembro de 2011


GLOBALIZACAO E A IGREJA

Hoje um dos grandes temas discutidos no mundo é a globalização, que atualmente é uma forma estratégica de abrir oportunidade a qualquer pessoa para que a tal possa ter acesso a informações e ideias através da tecnologia. Em meio a isso como o evangelismo pode ser beneficiado pela globalização? Num certo ponto estas ferramentas são de extrema importância para um maior envolvimento dos missionários não ocidentais no movimento mundial missionário. Essas ferramentas oferecem condições de manter e ate aumentar a abertura entre as igrejas com mais ou menos recursos independentemente do valor espiritual e do status do ministério. Essa democratização da tecnologia torna possível para que milhões de pessoas no mundo possam se conectar e trocar ideias com nunca antes visto. Por outro lado como a igreja deve reagir a essa globalização?. Peritos dizem que a globalização é o único barco disponível hoje para o gênero humano e que se não entrarmos nele seremos deixados pra traz, uma grande onda que vem varrendo o mundo, se aprendermos surfar sobreviveremos. Essa ideia parece ter inspirado algumas igrejas e agencias missionarias a se adaptarem a essas esperanças e promessas feitas pela globalização.
Há os que pensam que a igreja deve manter com sua visão própria e não se aliar a esse movimento buscando no Espirito Santo estrategias para as missões. Não chega a ser necessariamente uma oposição a globalização mas de certo modo um receio a influencia da mesma.
O que eles ressaltam é que a teologia da igreja deve seguir um padrão e se portar como igreja que está no mundo e não ser do mundo. Parte dai a atrito da igreja com a globalização, a igreja defendendo a visão de comunidade global, sugerindo que a globalização não pode gerar nada alem de uma sociedade globalizada, o que a igreja jamais sera por ser chamada Nação Santa e Raça eleita. Se a igreja ceder ao sistema se tornara só mais um segmento religioso no mundo e esse é o receio. A igreja não é mais um fenômeno da globalização e precisa aprender como surfar em sua própria onda como também deve fazer as instituições humanas se quiserem sobreviver.
As igrejas globalizadas se tornaram cada vez mais parecidas com empresas seculares competindo por melhores membros, divulgando o marketing cristão, trazendo atrações, se ajustando as tendencias da economia global. Nesse quadro pintado no seculo XXI que importa é o aumento numérico não importando a condição social ou familiar, transformando as pessoas em moeda de comercio. Será que esse era o discurso de Jesus? Claro que não. Jesus nunca prometeu que os cristão seriam maioria dentro da população nacional. Não que o crescimento numérico não sirva para nada, mas não deveria ter tanto destaque. Enfim a globalização é o desenvolvimento do sistema mundial secular, uma forma de tentar juntar as pessoas num sistema só como o povo de babel em gênesis tentou fazer. A globalização não é inimiga da igreja, mas é uma má resposta ao problema da queda e fragmentação da humanidade e acabará falhando assim como babel.
A globalização é uma fonte que a igreja pode beber dela? Pensemos nisso

terça-feira, 12 de julho de 2011

o que procuramos?

A religião de certo modo tenta apresentar um deus, ou deuses que são o centro de sua adoração.
Seja seus poderes, grandes feitos, fonte de sua essência, entre outras coisas. Tudo em volta de uma divindade esta ligado a rituais, sacrifícios, ofertas, coisas que são feitas para agrada-lhes e alcançar o seu favor. Sacrifício é algo que todas as religiões tem em comum. O cristianismo também não esta fora desse padrão, pelo menos é o que tem sido dito nas igrejas. O cristianismo hoje é cheio de questões e perguntas tantas ou mais, do que certezas. Perguntas como: como Deus é? Como me relaciono com Ele? O que ele quer de mim? Quem é Jesus? Qual sua missão? Morrer era seu destino? Qual o meu papel mediante a sociedade? Entre outras. Nas igrejas cristãs esse pensamento é algo que tem moldado as mentes de seus membros. Quando se lê o antigo testamento notamos uma forte linguagem sacerdotal, por isso os sacrifícios como algo essencial para o relacionamento com Deus. Fazemos uma leitura reta e ligamos os pontos de um texto e à aplicamos, ex: “se naquela época o que agradava a Deus era o sacrifício, então é só fazê-lo que o agradarei”.
Sendo assim isso passa a ser verdade para a pessoa. A igreja por outro lado não esta interessada
em ensinar o evangelho de uma forma mais clara e objetiva, prefere inserir algo mais gnóstico, pois da mair impressão de espiritualidade. Podemos analisar que o evangelho não veio ressaltar valores espirituais e sim morais/ sociais. Jesus viveu dessa forma, estava sempre com as pessoas conversando, comendo participando de seus momentos de dor, ( não necessariamente nessa ordem),
no geral se relacionando com os menos favorecidos ou excluídos da sociedade. Eis a questão!
Jesus veio testificar do Pai,o que jesus fazia era a vontade do pai, dizer que ele nos ama e não só isso, mas que é o próprio amor. A pergunta é inevitável, o que sabemos a respeito de Deus? Que ele é justiça? Que dá vitoria na guerra? Se você não obedecê-lo maldição estará sobre você? Começo notar que provavelmente Jesus veio salvar-nos de um conceito errado que temos a respeito de Deus. Deus é o Deus da vida, algo que faz toda a diferença para nossos conceitos sobre quem Ele é. Se ele é o Deus da vida então não há exaltação nenhuma na morte. Então porque se diz que Jesus veio pra morrer por nós, supondo que ele é o cordeiro de Deus o que já é uma linguagem sacerdotal de morte. Sua exaltação está na ressurreição . É necessário uma redefinição da palavra sacrifício para nossos dias. O que noto com esse texto é que Jesus não veio cumprir rito sacerdotal nenhum. A verdade de Jesus é “Deus não é o que vocês pensam”. Estamos acostumados a
imagem de um Deus que esta irado com a humanidade e desconta tudo em seu filho. Esse pensamento gera medo, e nos afasta da proposta que Jesus faz a nós( vem a mim). Por outro lado notamos que pessoas depende de imposição como forma de mantê-lo obediente, eis o problema: Jesus nos oferece liberdade, mas quem sabe lidar bem com ela sem confundir com libertinagem.
É uma proposta ousada. A coerção para alguns tem mais efeito do que a liberdade. O problema da liberdade para alguns é que ela não lhes traz segurança, por isso um tanto arriscado para a maioria.( a rejeição é o melhor caminho ) Segurança no sentido de que sempre queremos estar apegados em algo palpável, que nos de garantias, e se notarmos os sermoes de Jesus ele esta dizendo ” você tem que confia em mim”. Se Deus é o Deus da vida então porque esperamos acoes más dele? E nos perguntamos: por que Deus mandou Jesus para ser morto? Assim como o escritor apresenta essa visão, complemento que devemos refazer nossa leitura da bíblia e desconstruir alguns conceitos que nos foram passados ou que formamos por conta própria.
Enfim Deus não mandou seu filho para ser morto fomos nós que o matamos. Deus não é vingador, nossa justiça não se aplica a ele pois ele tinha razoes suficientes para se vingar dos homens quando crucificaram Jesus e não o fez como prova de amor tão grande por nós. Jesus viveu os valores do reino e por isso, só por isso foi assassinado, pois o mundo matou e matará todos que viverem segundo os valores do reino de Deus, lembrando que jesus não foi o único que morreu pelo evangelho. A vida em cristo não esta baseada só em privações mas sim em liberdade e vida em abundancia. Jesus nos mostrou que Deus esta conosco não tomando decisões por nós, mas nos ajudando em cada proposito em que os valores do reino de Deus são a raiz. Se queremos conhecer mais a Deus temos que sair da religião, pois ela só traz uma visão distorcida da verdade. O mal no mundo não é um castigo nem provocado por Deus, mais sim pela ausência dele.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Estamos pensando?

A vezes me pego pensando: o que é importante pra mim? entao descubro q o meu problema esta logo na pergunta. A construcao do meu eu começa com o tu.Como podemos ou queremos ser melhores, ou bem sucedidos o que ja é outro problema ,( qual é a definiçao de ser bem sucedido, mas vamos manter a linha de raciocinio)se nao nos importamos com tantos problemas q nos rodeia. Como cristao e ser humano digo que a vida deveria ser o bem maior e mais precioso, quando nao a valorizamos, nao valorizamos a nos mesmos. Gandhi ja dizia que a felicidade nao é pelo q vc conquistou, mais como conquistou. O que é importante p vc? A que custo vc quer isso? É a algo a si pensar. descubra-se. siga sua vocaçao.